É normal o psicólogo cobrar pela falta na sessão de terapia?

Não só é perfeitamente normal, como é o justo a se fazer.

Vamos pensar, quando você aluga um carro, você não deixa de pagar pelo aluguel quando ele está estacionado na sua garagem, certo? Quando você faz um acordo ou contrato com um psicólogo para atendimentos em psicoterapia, você além do serviço do profissional, também está pagando por um horário fixo na agenda do mesmo.

É importante lembrar também, que existe um motivo plausível para que as sessões aconteçam em horários pré-estabelecidos e organizados, isso garante continuidade e frequência no tratamento. A assiduidade com a psicoterapia garante o fortalecimento do vínculo, a aderência, faz com que as intervenções sejam melhor abordadas, etc.

Já para a primeira sessão, o profissional se prepara, reserva um horário na sua agenda e organiza documentos para aquele atendimento, como fichas e formulários de anamnese, ou seja, mesmo antes do primeiro atendimento o profissional já está trabalhando em função do seu bem estar psicológico e em prol da sua saúde mental.

Para além do exposto, o tempo do psicólogo é tão valioso quanto o dos pacientes, faltas e cancelamentos tiram a vaga e oportunidade de outras pessoas dispostas a ocupar aquele horário e podem acarretar retrocessos progresso da terapia, além de impactar diretamente na remuneração do profissional (sim nós psicólogos também temos contas a pagar). Claro, acordos podem ser firmados a respeito destas práticas, como o de aviso até 24h antes do atendimento, que dá ao profissional tempo de remanejar pacientes, abrir agenda, etc.

Isso posto, a psicologia é ciência e profissão, o trabalho do profissional de psicologia é um trabalho pautado por ética, e como qualquer outra profissão, deve ser valorizada e devidamente remunerada pelo tempo investido em prol da saúde mental dos pacientes.

E aí? Ficou com alguma dúvida a respeito do trabalho do profissional de psicologia? Entre em contato e deixe sua dúvida, dica, crítica, quem sabe não vira uma postagem?

Por: Douglas Geraldo

Psicólogo